terça-feira, 1 de junho de 2010

Amaldiçoados..

Capitulo 9 – Visita inesperada.   

Andei floresta a dentro, sem rumo e sem direção, absorvida pela escuridão que me rodeava, ali ninguém me acharia, não que eu estivesse sendo perseguida ou algo assim, apenas queria voltar a ser eu mesma, a Jhenna Sulivan sem os lobisomens e vampiros correndo atrás dela e nem a beijando.
Eu queria ser normal novamente ao menos uma vez, não ser confundida com falecidas e nem ter ataques e transformações... E era apenas nisso em que eu pensava.
Continuei andando, meus olhos ardiam e lagrimas escorriam por meu rosto...
Então parei, sentei-me em cima do tronco caído de uma arvore, e foi ali que finalmente despejei todo meu ódio e tristeza em lagrimas.
- Por que choras tanto assim minha criança?
Ouvi a voz rouca e doce de Anthony.
Levantei minha cabeça levemente secando minhas lagrimas para olhá-lo.
- Choro pelo que eu sou... Pelo que eu me tornei. – disse secamente.
- Não precisa chorar por isso... – disse ele erguendo sua mão para mim e puxando-me para que eu ficasse de pé junto a ele.
- Eu já tentei... Mas tudo é em vão! – disse revoltada.
Ele acariciou meu rosto com um sorriso doce em seus lábios vermelhos.
Desviei meu rosto.
- Olha Anthony, não precisa nem eu falar, você já deve saber... Eu. Não. Sou. A. Elizabeth! – disse com ódio.
- Mesmo assim Jhenna Sulivan... Meu amor por você é inevitável... – disse ele inclinando-se para mais um beijo.
Mas repentinamente ele parou, como se alguém em algum lugar tivesse apertado pause em seu corpo. Ele se colocou a minha frente como se tivesse de algum modo me protegendo.
- O-o-o que ta acontecendo Anth... – e antes mesmo que terminasse de dizer eu vi.
Cinco homens com mantos pretos enormes avançavam lentamente em nossa direção. Então eu sabia, eram eles os vampiros...
- Vamos Anthony, ainda temos  tempo de fugir... – disse em pânico.
- Não, é tarde de mais... – disse ele.
E ficamos ali aguardando os cinco homens chegarem...
Era como esperar a morte, você nunca saberia se estaria pronto o bastante se ela batesse a sua porta.
O primeiro homem era um ruivo de cabelos longos que brilhavam a luz da lua. O segundo era visivelmente forte, de ombros largos e altos. Era careca negro e seu manto esvoaçava livremente. O terceiro era moreno, ele me lembrava Matt de longe, o que fez meu coração doer brevemente.
“O que aconteceria a Matt se eu morresse e sua missão de me proteger fosse por água a baixo?” – pensei.
Os outros dois eram possivelmente gêmeos, dois caras de uma cor amarelada e meio velha, os dois tinham a face cheia e ombros largos.
Então, finalmente eles chegaram e pararam poucos metros de distancia de nos.

- Então... Há sua hora chegou senhorita Jhenna Sulivan! – disse o vampiro moreno e forte.
Arregalei meus olhos e por instinto sai correndo, mas minha tentativa fora em vão, um dos vampiros que eu pensava serem gêmeos fechou minha passagem chegando com uma rapidez inimaginável, e alguém me segurou por trás. Senti uma batida muito forte em minha cabeça e com um grito de socorro e agonia cortando meus próprios ouvidos e coando a noite escura e sombria  tudo ficou escuro. 
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P. MATT
Algo de errado estava acontecendo... Quando abri a porta Jhenna não estava lá, foi então que ouvi aquele grito, um grito agonizante de socorro que apesar de estar longe chegou a meus ouvidos com uma grande intensidade.
- JHENNA! – gritei em desespero começando a me tremer...
Comecei a correr o máximo que podia, minhas forças estavam esgotadas e eu não podia me transformar, não agora.
Mas eu tinha que salvar minha amada... 

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